quinta-feira, 20 de setembro de 2007

VAMOS REABILITAR A POLÍCIA CIVIL

Publico abaixo texto de autoria de Nicolas Sarkozy, presidente da França, que retrata a realidade francesa, mas que parece ser surpreendentemente semelhante à do nosso país.
A relativização dos conceitos morais, a inversão de valores e a falta de reconhecimento do mérito como forma de valorização educacional e profissional estão minando as relações sociais e econômicas, tanto lá como cá.
A Polícia Civil tem sido um grande exemplo disso em nosso país. O abandono que sofreu essa instituição desde o início da década de 60 (período ditatorial), causou sérios danos institucionais que somente poderão ser restaurados com um sério trabalho de investimento e reestruturação, especialmente, com legislação adequada que lhe confira a necessária autonomia para o desenvolvimento de suas importantes atribuições. Infelizmente, o processo de redemocratização do país não foi capaz de solucionar, até o momento, o sério problema que afeta os setores da segurança pública nacional. Existem ranços ditatoriais, ainda muito fortes em nosso país, que estão imperrando o enfrentamento dessa questão, impedindo sua adequada solução.
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Vou reabilitar o trabalho.
Nicolas Sarkozy, presidente da França
"Derrotamos a frivolidade e a hipocrisia dos intelectuais progressistas. O pensamento único é daquele que sabe tudo e que condena a política enquanto a mesma é praticada. Não vamos permitir a mercantilização de um mundo onde não há lugar para a cultura: desde 1968 não se podia falar da moral. Haviam-nos imposto o relativismo. A idéia de que tudo é igual, o verdadeiro e o falso, o belo e o feio, que o aluno vale tanto como o mestre, que não se podia dar notas para não traumatizar o mau estudante. Fizeram-nos crer que a vítima conta menos que o delinqüente. Que a autoridade estava morta, que as boas maneiras haviam terminado. Que não havia nada sagrado, nada admirável. Era o slogan de maio de 68 nas paredes de Sorbone: 'Viver sem obrigações e gozar sem trabalhar'... Quiseram terminar com a escola de excelência e do civismo. Assassinaram os escrúpulos e a ética. Uma esquerda hipócrita que permitia indenizações milionárias aos grandes executivos e o triunfo do predador sobre o empreendedor. Esta esquerda está na política, nos meios de comunicação, na economia. Ela tomou o gosto do poder. A crise da cultura do trabalho é uma crise moral.
Deixaram sem poder as forças da ordem e criaram uma frase: 'abriu-se uma fossa entre a polícia e a juventude'. Os vândalos são bons e a polícia é má. Como se a sociedade fosse sempre culpada e o delinqüente, inocente.
Defendem os serviços públicos, mas jamais usam o transporte coletivo. Amam tanto a escola pública, mas seus filhos estudam em colégios privados. Dizem adorar a periferia e jamais vivem nela. Assinam petições quando se expulsa um invasor de moradia, mas não aceitam que o mesmo se instale em sua casa. Essa esquerda que desde maio de 1968 renunciou o mérito e o esforço, que atiça o ódio contra a família, contra a sociedade e contra a República. Isto não pode ser perpetuado num país como a França e por isso estou aqui. Não podemos inventar impostos para estimular aquele que cobra do Estado sem trabalhar.Quero criar uma cidadania de deveres. Primeiro os deveres, logo após os direitos. "

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